quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Conciliação da amizade

A  amizade nasceu para sobreviver todo tipo de problema,
Todas as dificuldades da vida, para confiar no outro,
Confiar é doar-se, sem medo de cair, e quem se doa
Busca no outro toda a confiança do mundo.
Ser amigo, e ter amigo, formar amizade, criar laços
Faz parte da vida, em um mundo em guerra,
Ainda existe pessoas boas, decepções são fatos,
Vencer é erguer-se e sempre seguir em frente.
Isoladamente somos apenas um ser isolado,
Sozinho não somos completamente nada,
Somos seres necessitados um do outro,
Somos guerreiros amigos, e por entre as inimizades,
A conciliação, a capacidade de perdoar.
A flor é um símbolo, de conciliação,
Somos todos flores.

Para conquistar uma mulher

Para conquistar uma mulher
Tem que ter lábia,
Mas, será que é verdade?
Será que um olho no olho
Não seria capaz de roubar
Um coração?
E o amor a primeira vista?
Será que o amor a primeira vista
Existe? Dizem que para
Conquistar uma mulher
Tem que ter atitude,
Mas, o que é mesmo ter atitude?
E se tudo acontecer sem
Que ao menos perceba?
Nem tudo é como um romance
Ou quem sabe uma novela...
Isso é meio que gozado,
Para conquistar uma mulher,
Tem de fazer-se galã,
E querer todas,
E quem sabe até mesmo
Quebrar a cara, até
Encontrar uma que seja
Quem sabe a razão do viver,
Ou apenas um estar junto,
Quem sabe muito mais
Que isso.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ser romântico,
Os românticos sofrem a solidão.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ter diploma,
Para o amor não tem diploma,
Principalmente quando
Estar-se preso
Um ao outro.

Espírito natalino

Se todas as crianças
Tivessem ao menos um lar,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem brinquedos,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem escolas?
Se todas as crianças
Pudessem se sujar,
Jogar bola, pular,
Dançar, rir, e sonhar…
Se todas as crianças fossem
Apenas crianças,
E são!
Se o Natal, fosse
Todos os dias,
E todas as crianças
Vivessem felizes?
Sem guerra, sem briga,
Sem tristeza…

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Texto, poesia, poema?...

Tem de ser curioso ler bastante, pesquisar e beber em fontes diferente, todo bom leitor não apenas ler como também interpreta o que ler, diferenciar um texto do outro e saber o que é poema e o que é poesia, o que é poema e o que é texto e o que é poesia, tudo isso é conhecimento. A gente por nossa vez tem de ir na busca de conhecimento de mundo,ganhamos uma visão do mundo de acordo com o tempo, de acordo com a leitura, com os jornais impressos que lemos e também com o jornal que assistimos na rede de televisão, com os noticiários que são transmitidos na rádio, com as músicas que ouvimos, com a leitura de livros didáticos e não didaticos, com a leitura de revistas, e hoje em dia com o que vem sendo postado também nas reses sociais, nos sites eletrónicos, onde podemos ler também livros o e-book, na troca de informação entre duas ou mais pessoas, aprendemos muito em uma palestra, em uma roda de conversa onde acontece grandes debates.

Saber que o texto tem paragrafos,a escrita completa a linha do caderno, fazendo uso muitas das vezes da gramática, da sintaxe, coerência e coesão, tem a redação, dissertação, narração, descrição, existe vários tipos de texto, tem a crônica a prosa. O poema por sua vez tem as suas diferenças, o verso não completa a linha do caderno, não é obrigatório seguir o que a gramática pede, e tem estrofes (não obrigatório ter estrofes), por sua faz uso de figuras de línguagem (não que em um texto também não fazer uso de figuras de línguagem, existe também o texto literário que faz uso de figuras de línguagem, e isso pode ser encontrado na prosa, a poesia pode ser encontrado na prosa, e também na crônica que pode tambem ser literário e fazer uso de recursos estilísticos), o texto por sua vez pode conter a poesia, mas não é considerado um poema, o poema pode ter poesia assim como também não pode conter poesia. Poesia é tudo aquilo que tem a capacidade de transmitir uma determinada sensação, pode ser encontrado em um quadro, em uma bela pintura artística,em um simples desenho… O poema por sua vez é o que o poeta escreve, fazendo uso de metrificação, e hoje em dia não é obrigatório fazer uso de métrica para fazer um poema, existe o “verso livre” (que não obedece a métrica), o poema pode conter rimas (o que também não é mais obrigatório), e também existe poemas sem rima “versos branco” (poemas sem rima).

Hoje o poema é chamado de poesia, quando se fala em poesia logo a pessoa pensa, é algo que foi escrito pelo poeta, não mais diferenciamos a poesia do poema, e aprendemos isso na leitura de alguns textos, como por exemplo o texto “Poema e Poesia”, do Octávio Paz, é normal chamar o poema de poesia hoje em dia, logo estamos cientes de que estamos nos referindo à escrita do poeta. A poesia pode ser encontrada também numa música, mesmo assim uma música nem sempre é um poema. E isso é o que nos deixa muitas das vezes intrigado, uma música pode ter valor literário e também pode não ter valor literário, uma poesia transformando-se em musica ela pode tanto ganhar valor literário, quanto também pode perder o valor literário, temos grandes canções, que também são verdadeiras poesias, que penetra na alma de quem ouve, que muitas das vezes arrepia o ser de cima a baixo.

Pode existir uma diferença entre o escritor e o poeta, a diferença se encontra na escrita, mesmo assim ambos não deixam de serem escritores, porque ambos se dedicam às palavras, um se dedica a fazer romance, textos, prosa, crônica, artigo… (alguns se dedicam muitas das vezes a fazer um só destes) e outros se dedicam apenas a fazer poesia (alguns se dedica a fazer tudo).

Desilusão

Cadê a tua clemência?
És tão vil,
Em que escrúpulo
Passaste um pano?
Por dentro torno-me
Um maltrapilho...
Minha alma sua
Em uma saleta
De efusão!
Teus verbos são tão
Verossímeis, deixam-me
Pasmo
Cansei de ficar
Perto dos teus pés
Benévolo.
 ...
Tudo está sem vínculo.

Luz do dia

Desvenda-me como um poeta.
Na minha vida
Jamais avistaria isto
Neste meu ser crítico, lasso, lamentável...
Farei com que a poesia entrelace
No meu ser triste,
Pra que possa avistar sentimentos abstratos
A que não dou mínima importância
Que, no fundo, é uma alexandrita
Quando na luz do sol o seu verde
Traga-me esperança
Na luz artificial da noite o seu vermelho
Dê-me amor!
Oh! Luz do dia dê-me
Do meu ser poeta
Um dia de alegria
Pra que possa
De verdade amar
Meus semelhantes.

Feliz natal

E o coração humano cada vez mais duro,
Por entre o ego e a vaidade a hipocrisia.
O amor a cada dia é assassinado, não
Mais se sabe o que é amor!?
E a vida custa muito caro, e a gente
Sempre se mostra não ter valor.
E o Natal nem sempre é de alegria,
O mundo em guerra, seres pedindo paz,
Gente passando fome,
E o Papei Noel não desce pela chaminé
Para entregar presentes
Para o rico e muito
Menos para o pobre,
Mesmo assim tudo tem suas diferenças.
Bombardeios, tiroteios, carnificina humana,
Desgraça alheia, miséria,
Descaso social - O mundo perdido,
E pouco se importa,
Os seres se mordem,
Matar parece que se tornou "humano",
E sempre há um dia especial,
Desejo de Feliz Natal,
Nem sempre é dado com amor,
De coração - a falsidade
Muitas das vezes se encontra no olhar.

E se pudéssemos nascer novamente
Viver a vida e amar a vida,
Viver a vida, e respeitar a vida,
Viver a vida, saber os limites - e ter consciência,
Viver a vida, e viver um pouco de tudo
Consigo mesmo e com todos.
Matar o preconceito dentro de si,
Matar tudo aquilo que é capaz de matar
Os outros e a si mesmo,
Ter misericórdia, compaixão,
Sentir o que o outro sente,
Amenizar as dores, perdoar,
Amar, brincar, abraçar...
E o Natal não é mais o mesmo,
O natal é o dia que morre e renasce,
As espécies deveriam amar
Uns aos outros eternamente.

E toda a fé somente é digna
Se nela existir amar,
Caso contrário toda sua fé
Pode se tornar uma doença.
Minha sociedade está doente
Na fé, muito se deixaram levar
Pelas palavras, cegaram os olhos,
Se acomodaram...
E dizendo ter fé, não deixam de lado
A vaidade, o ego, a falácia.
As igrejas das espécies
Deve ser o universo,
E não palácios,
Construído pelo suor dos
Que nada tem,
Para o sustento dos usurpadores
De ideia, senhores
Do sistema, comprados pelo Estado.

E Cristo foi um ser simples,
A espécie humana - tola
Sempre quer ser mais
- Falta humildade na gente!
- Falta simplicidade na gente!
- Falta amor entre a gente!

Não sei mais o que pode vim
Lá na frente, a juventude perdida
Formando uma nova política,
Ou a juventude rica e podre dominando
A juventude perdida (tudo tem a sua diferença),
A gente tem que limpar a sujeira deles,
A gente tem de ser analfabeto,
A gente tem de viver no desequilíbrio,
É o que o sistema pede,
A gente é escravo do sistema,
Nossa opção? A rebeldia em nosso olhar,
E o medo também...
A tristeza, e a falsa felicidade nos bares
E bordéis da vida.

E o fim do mundo?
O fim provocado
Pela própria espécie!
E o fim do mundo?
Quem liga? As pessoas
Matam e se matam!
E o fim do mundo?
Que mundo vivemos?
(Lágrimas presas por dentro)
(Sufocado).

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Pegada

Meu peito é nada mais nada menos
Que um mar de ondas.
- Vai e vem pelas areias
Sem fim. Meninos pequenos

A construir castelos, e a criar
Em suas imaginações, dragões
E eu com a minha amada, a beijar
O tempo... E peixes por entre rufões

Águas marinhas a fazer o encanto,
Conchas a espalhar-se pelo chão,
E o vento a fazer do meu peito lamento

Minha amada partindo, vai paixão,
Nada posso dizer vai, deixando pranto
E assim acordei do sonho, presas no coração.

Meu ego

Quero muito mais
Do que um café com açucar,
Quero um café amargo,
Que penetre em minha
Memória, e leve-me além,
Muito além da minha
Imaginação.
Ou quem sabe uma dose
Qualquer,
Que rasgue a minha garganta,
E faça eu dizer
– Coloque outra,
Hoje chegarei em casa embriagado!
Quero muito mais do que beijos,
Cafuné, um simples consolo
De que nem tudo é como
Deve ser, que tudo pode mudar
Ao longo do tempo,
E que o tempo sabe falar,
E quando fala é sábio.
Quero muito mais do que uma pedra,
A argumentar o que se passa no
Mundo – não quero saber de nada!
Quero tudo o que eu tenho direito,
Quero principalmente o coração
Do universo, quero tudo
Para depois entregar-lhe de presente,
E doar-me a você.
Quero muito mais, e o seu querer,
Quero o seu querer,
E juntos vários quereres a se
Complementar – eu e você!
Quero tudo àquilo que for puro,
Quero a água da cisterna
Para beber,
E depois me benzer,
E seguir em frente.
Quero que a minha mente
Regresse apenas
Para ver os melhores momentos
Da minha vida, e quanto aos piores,
Ahhhh, quero sorrir, e dizer,
Que muito tenho vencido na vida.
Meu eu egoísta, quer muito mais,
Quero o que de fato me pertence,
Quero possuir o que de fato me
Pertence, ou tudo àquilo
Que creio eu me pertencer:
– Quem sabe o seu amor?
Oh, vida, de quimeras!
Um asilo já não nos caberia
Mais.

Sede

Quero uma poesia que penetre em minh’alma,
E me faça por entre lágrimas
Sentir o gosto do riso:
– Nada foi perdido!
Quero mais que uma poesia,
De amor, – não quero poesia
Sem lâmina, sem sabor,
Sem cheiro, sem sangue,
Sem o pulsar de coração,
Sem elementos de vida,
De esperança. (Quem sabe apenas
Um ponto – o silêncio,
Menos suspiro e reticência
– ataque fulminante).
Quero mais do que palavras,
Quero o abraço que faça-me
Perder o fôlego, me sentir ofegante.
Quero licença poética,
E quebrar a censura, e ser livre
Para poder mandar alguém
Para onde eu quiser,
E também ser mandado
Ao bel prazer.
Quero o “vá ser livre”,
E “vamos sermos livres juntos”
(E que a liberdade não nos separe),
Quero a vírgula fora do lugar,
Só para confundir
E ser confundido.
Quero poder falar na forma
Que eu quero e bem entender,
E dizer que a gramática
Não me contaminou
Por inteiro,
– Quero ser critico
Da minha própria pessoa!
Quero uma poesia
Que sinta a minha dor,
E chore comigo,
Como se hoje fosse
O último dia,
– Hoje já passou…
Amanhã quero um conhaque,
Um cigarro qualquer,
E uma mulher,
Que não viva me fazendo
Juras de amor,
E minta todos os dias
Me amar.
Quero sentir o perigo da rua,
Da curva da poesia,
E da amada.
Embriagado, quero
Mais que poesia,
Muito mais do que poesia.
– Hoje vamos nos divertir!
– Até chegar no espaço!
– Fecha os olhos.
– Esquece esse mundo.
Palavras soltas,
Sem dono,
Em busca de serem encontradas.

Quero mesmo é um disco voador

Quero na minha loucura sair saltitando por ai,
E assim dizer que o que passou
Passou, que o mundo é dos loucos,
Sobrevive o que menos tiver cérebro.
– Não quero ser o responsável
Pela guerra!
– Muito menos quero matar um mosquito!
– Não quero saber da criação da Bomba
ATÔMICA!
Quero mergulhar em um livro,
E depois sair babando
Feito um debe mental,
E dizer que – tudo o que eu sei
É que nada sei.
Não quero falar através das redes
Sociais com meus amigos loucos,
Quero falar com eles pessoalmente,
E ligar o som, e depois desligar,
Ligar o som e depois desligar,
Ligar o som e depois
Dançar, e dançar, dançar…
Quero fazer de conta que sou o presidente,
E moro em becos, e tenho um cavalo
De pau, e assim posso brincar
Com meu barquinho e avião de papel,
E meu carro de lata,
Eu quero ser louco,
Para não saber o nome de tudo aquilo
Que me fere, e que me faz sentir dor – E isso é uma eutanásia aplicada
Em sentimento,
Ou quem sabe excesso de loucura,
– Quero ser louco e ter coração,
E sentir o que meu semelhante sente.
– Não quero ser o dono da verdade.
Quero mesmo é um disco voador!

Momento

Numa aventura lancei-me no papel Na perspectiva de encontrá-la Coloquei-me a escrever Palavras soltas como o seu cabelo Ao relento e puras c...